sexta-feira, 17 de julho de 2009

Empresas debatem parmanência na I Conferência de Comunicação

Fonte: Brasília em Tempo Real

Por iniciativa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), oito entidades representantes das empresas de comunicação estão reunidas para discutir a conveniência de se retirarem da I Conferência Nacional da Comunicação (marcada para dezembro). As empresas temiam a agenda do encontro, onde veem risco de serem isolados pela militância do setor. Os temas mais temidos são: monopólio, propriedade cruzada e publicidade de medicamentos, bebidas e produtos infantis.

CUT, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), ONGs representantes de diferentes de movimentos sociais, TVs Públicas e outras entidades abrigadas no Forum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) levaram à conferência uma pauta em favor da democratização da comunicação com respaldo do governo, o que contribuiu para o desconforto das entidades privadas - além da ABERT, ABRA - Associação Brasileira de Radiodifusores, ABTA - Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, ANER - Associação Nacional de Editores de Revistas, ANJ - Associação Nacional de Jornais, entre outras. Só a militância, contudo, tem capacidade de mobilização com o objetivo de politizar algumas questões.

Ontem, os ministros Franklin Martins (Secretaria de Comunicação), Luiz Dulce (Secretaria Geral do Planalto) e Hélio Costa discutiram a minuta do regimento da conferência, que detalha o mecanismo de escolha de delegados e estabelecimentos de temas. Na terça-feira, o grupo de trabalho encarregado da organização do evento deverá votar o regimento. No dia anterior, durante reunião ministerial, Costa disse ao presidente Lula que seu ministério não dispunha de recursos para financiar o evento em virtude de cortes orçamentários determinados pelo Ministério do Planejamento. Imediatamente Lula autorizou o ministro Paulo Bernardo a resolver o problema.

Os especialistas em comunicação acham que os receios do setor privado são exagerados, pois o poder da militância é puramente propositiva ou de sinalização ao Congresso dos projetos de seus interesse, sem efetiva capacidade de votação.

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